Atualmente mais de 40 mil pessoas aguardam na fila por um transplante de órgãos no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, um dos principais fatores que dificultam o processo de captação de órgão para doação é a recusa por parte da família que acabou de perder um familiar. Com esse cenário, diversas pesquisas vêm sendo feitas para desenvolver substitutos sintéticos que possam vir a substituir a atual maneira como lidamos com transplante de órgão.
“Existe uma demanda enorme no Brasil, as pessoas precisam de órgãos. Infelizmente existem várias doenças que culminam na sua terminalidade com a de um transplante de órgãos”, afirma Marcelo Bonvento, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da USP e coordenador da Organização de Procura de Órgãos do Departamento Regional de Saúde em Ribeirão Preto, ao explicar o atual panorama de transplantes no Brasil e as dificuldades enfrentadas para a realização de uma doação.
Nascido com cardiopatia congênita, Gabriel Liguori, médico e pesquisador pela Faculdade de Medicina da USP, fundou, em parceria com o engenheiro da computação Emerson Moretto, em 2019, a TissueLabs. A startup brasileira ligada à USP atua na fabricação de órgãos e tecidos em laboratório. “A TissueLabs nasceu com o objetivo de fabricar órgãos para transplante”, diz Liguori sobre o projeto: “Nossa ideia é que daqui a dez, 15 anos, a gente estará colocando no mercado esses órgãos para transplante”, afirma ele.
Via: Jornal da USP