Ao longo de 2021, mesmo com todas as restrições impostas pela pandemia, 16 empresas da Incubadora USP/Ipen-Cietec receberam R$ 5,574 milhões em recursos de fomento para desenvolvimento de pesquisa inovativa para o mercado. Parte fundamental no processo de incubação oferecido pelo Cietec, o suporte dado à formatação dos projetos de fomento tecnológico é complementar aos serviços de apoio empresarial e mercadológico, no fortalecimento dos negócios incubados.
Uma das empresárias aprovadas no ano de 2021, Erika Molina, CEO da startup Bioptamers – que busca o desenvolvimento de terapias de precisão personalizadas e acessíveis para o tratamento de pacientes acometidos com tipos mais agressivos de câncer -, ressalta a importância do fomento recebido para a execução de pesquisa científica direcionada à inovação tecnológica. “Todo o valor recebido através do fomento para Projetos de Inovação em Pequenas Empresas da Fundação de Apoio à Pesquisa no Estado de São Paulo impacta diretamente na validação das provas de conceito essenciais para o desenvolvimento empresarial. Além disso, recebemos também um treinamento voltado exclusivamente para o empreendedorismo, buscando ratificar os pressupostos comerciais do dia a dia”, conta.
A CEO também destaca a importância do Cietec nessa trajetória, desde a triagem até a divulgação da abertura de ciclos e editais de fomento, disponibilizando plantão de dúvidas e suporte na inscrição do projeto, colaborações que aumentam as chances de sucesso. “O Cietec nos orientou também na execução do planejamento e monitoramento dos eixos importantes para a seleção para um melhor aproveitamento do fomento, visando à tecnologia, capital, gestão, mercado e empreendedorismo”, comemora.
Já a Cor.Sync, startup que oferece uma solução rápida e precisa para o diagnóstico de infarto na emergência hospitalar, recebeu três fomentos para o desenvolvimento da empresa. A HealthTech conta com uma base científica oriunda da academia, fato que normalmente aumenta o tempo para o lançamento de seus produtos. Por essa razão, o processo de investimento pode demorar cerca de dois anos. “Sem a ajuda do Estado não é possível fazer o incremento de um produto de tecnologia no Brasil, assim como ocorre nos países desenvolvidos. Esses testes não seriam possíveis sem recursos de fomento, pois o tempo e o custo são elevados demais”, ressalta Raul de Macedo – fundador da startup.
No caso da Cor.Sync, os recursos oriundos do Programa Pipe Fapesp, na fase 1, foram aplicados na criação do protótipo, início de testes clínicos, aquisição de materiais e contratação de bolsas para pesquisadores. Já os recursos Finep foram orientados para levar o produtos a um próximo nível, com incorporação da IoT (internet das coisas) no dispositivo. “Nós também contamos com a expertise do Cietec, que nos orientou perfeitamente para não errar ao escrever o projeto. Existem os desafios da prestação de contas que tomam bastante tempo e, muitas vezes, nós não temos esse conhecimento dos trâmites. O Cietec consegue nos indicar nuances que ajudam a economizar tempo e ter uma jornada de captação mais tranquila e efetiva”, finaliza Macedo.
Outra startup que também recebeu o fomento foi a Eccaplan, desenvolvedora de tecnologia e serviços voltados para redução e compensação no impacto ambiental de empresas, pessoas e cidades. “Os recursos conquistados foram do Pipe 2 e do Senai Inovação, ambos ajudaram muito e foram essenciais no desenvolvimento e realização de ciclos e testes para validação do equipamento automatizado e do acelerador de compostagem”, conta Fernando Beltrame, fundador da startup.
Texto: Assessoria de Comunicação do Cietec
Via: Jornal da USP